Perfil: Deusinélia Arruda — 5 anos construindo sonhos com imóveis de alto padrão


“Nada é um caminho fácil, mas cada desafio superado me tornou mais forte, mais resiliente e confiante no meu propósito.”
— Deusinélia Arruda, corretora de imóveis
Hoje, o Ciclo do Imóvel tem a honra de apresentar a trajetória inspiradora de Deusinélia Arruda, profissional que há cinco anos atua com imóveis de médio e alto padrão. Em um mercado ainda predominantemente masculino, ela se destaca com sensibilidade, firmeza e amor pelo que faz. A seguir, um bate-papo revelador sobre sua trajetória:
1. Como mulher no setor imobiliário, que ainda carrega traços machistas, quais foram os maiores desafios que você enfrentou — e como conseguiu superá-los?
Os maiores desafios foram conquistar credibilidade e respeito em um ambiente muitas vezes dominado por homens. Houve momentos em que minhas opiniões foram subestimadas ou precisei me impor mais do que o necessário para ser ouvida. Superei isso com profissionalismo, conhecimento e resultados. Sempre acreditei que minha postura, competência e ética falariam por mim — e foi exatamente isso que aconteceu. Cada obstáculo se tornou um degrau na construção da minha confiança e autoridade no mercado
2. O que representa, para você, ajudar uma família ou uma pessoa a conquistar seu lar? Como esse propósito impacta sua rotina de trabalho?
É muito mais do que uma venda. É realizar um sonho, participar de um momento transformador na vida das pessoas. Isso me move diariamente. Saber que contribuo para que alguém encontre seu espaço no mundo me traz sentido e propósito. Por isso, trato cada cliente com empatia, paciência e total dedicação — como se fosse o primeiro. Essa conexão verdadeira transforma o trabalho em missão.
3. Com cinco anos de atuação em imóveis de médio e alto padrão, o que você considera essencial para identificar um “imóvel com potencial de venda”?
Primeiro, o imóvel precisa ter uma apresentação impecável — desde a fachada até os acabamentos internos. Mas além da estética, observo a localização, a valorização da região, o perfil de público-alvo e a versatilidade do imóvel.
Um bom potencial de venda está na harmonia entre esses fatores e, principalmente, na capacidade de imaginar uma família vivendo ali, construindo memórias.
4. Qual foi a venda mais marcante da sua carreira até hoje — aquela história que ainda te emociona quando lembra?
“A venda mais marcante da minha carreira foi para uma família simples, que por muitos anos acreditou que ter a casa própria era um sonho distante, quase impossível. Eles moravam de favor, em um espaço cedido por familiares , se mudavam com frequência, e já tinham perdido as esperanças depois de várias tentativas frustradas. Quando nos conhecemos, percebi que o que eles mais precisavam não era apenas de uma casa, mas de alguém que acreditasse no sonho junto com eles. Passei semanas buscando opções dentro do orçamento, explicando cada detalhe do financiamento com paciência, ajudando com a documentação — que era um grande obstáculo para eles.
No dia da assinatura do contrato, a mãe me abraçou chorando e disse: ‘Você não tem ideia do que está fazendo por nós. Agora meus filhos vão ter um quarto só deles’. Foi impossível não me emocionar. Aquela venda me lembrou por que escolhi essa profissão: não é sobre imóveis, é sobre mudar vidas. Até hoje, quando passo pela casa deles, meu coração se enche de gratidão.”
5. Na sua opinião, quais características fazem uma corretora de imóveis se destacar num mercado tão competitivo?
Empatia, escuta ativa, conhecimento técnico e, acima de tudo, transparência. O cliente precisa confiar em você. Ser uma boa vendedora não significa apenas mostrar imóveis, mas entender o desejo por trás da compra. Também é essencial ter resiliência, pois nem todos os dias são fáceis, e paciência para construir relacionamentos duradouros.
6. O que mais te realiza no dia a dia da profissão de corretora? E o que você menos gosta, mas aprendeu a lidar?
O que mais me realiza é ver o brilho nos olhos de quem encontra o imóvel certo. Cada sorriso, cada agradecimento sincero, me confirma que estou no caminho certo. O que menos gosto é a instabilidade — tem dias muito difíceis, com metas não atingidas, negociações que não avançam. Mas aprendi a ver esses momentos como parte do processo e a focar no que posso controlar: meu empenho e dedicação.
7. Se pudesse dar um conselho para mulheres que sonham em entrar no ramo imobiliário, qual seria?
Acredite no seu valor e vá com tudo. Estude, se prepare, cuide da sua imagem e, principalmente, mantenha sua essência. O mercado precisa da sensibilidade, da visão e da força feminina. Não se intimide — transforme cada desafio em motivação. Você não precisa se moldar a um padrão para ter sucesso; você pode construir o seu próprio caminho, com autenticidade e propósito.

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